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março 02, 2008

Será que o Prozac Funciona Mesmo ?

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O psicólogo Irving Kirsch, da Universidade de Hull, na Inglaterra, acaba de publicar um estudo que está causando acalorados debates sobre a eficácia do Prozac e de outros modernos antidepressivos, conhecidos como inibidores da recaptação de serotonina.
O prof. Irving utilizou o Freedom of Information Act para ter acesso, via FDA, aos trabalhos científicos com resultados negativos, que geralmente não são publicados, mas que são obrigatoriamente enviados àquele órgão de vigilância do governo americano; a conclusão? Parece que esses medicamentos só fazem efeito nos pacientes com depressão mais grave, e mesmo neles o efeito parece ser pouco diferente daquele dos placebos !
O trabalho completo do Dr. Irving pode ser lido clicando AQUI.

agosto 13, 2006

Quetamina: Uma Nova Abordagem no Tratamento da Depressão?

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A revista Science da semana passada noticiou a descoberta, feita pelo neurofarmacologista Carlos Zarate, do National Institute of Mental Health, em Bethesda, Maryland, de que a quetamina-uma droga utilizada como anestésico veterinário e que age bloqueando receptores de N-metil d-aspartato (NMDA)-pode ter um potente e rápido efeito antidepressivo.

No estudo de Zarate e cols., 17 pacientes que tinham depressão maior e não respondiam aos antidepressivos tradicionais, foram injetados com placebo ou quetamina; 12 pacientes responderam ao tratamento, com 5 deles preenchendo os critérios de remissão da depressão. Esse resultado foi publicado na edição deste mes dos Archives of General Psychiatry. Além disso, 6 pacientes mantiveram a melhora por pelo menos uma semana após uma única injeção. Um placebo, injetado no mesmo grupo num dia diferente, ajudou muito menos.

De acordo com Zarate, o mais interessante é que o efeito é muito rápido: 24 horas após a injeção, os pacientes apresentavam melhoras equivalentes àquelas obtidas após 2 meses de uso dos antidepressivos comumente utilizados.

Eu gostaria de lembrar, entretanto, que nem tudo são flores quando se fala da quetamina; ela foi abandonada como um anestésico para uso em humanos por ter uma tendência a produzir desagradáveis experiências fora do corpo; em alguns países, tem sido usada ilegalmente como droga recreativa, justamente por esses efeitos dissociativos...

julho 28, 2006

Portador da Síndrome de Asperger Cria Cidade Imaginária

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Gilles Trehin é portador da síndrome de Asperger, e desenha compulsivamente.

Desde os 12 anos de idade, ele vem produzindo inúmeros desenhos de uma cidade imaginária, Urville. Gilles tem sido convidado a proferir palestras sobre Urville, o que o deixa muito feliz.

Os desenhos de Gilles estão disponíveis online.

fevereiro 26, 2006

O Desafio da Psicanálise

O New York Times de hoje traz um ensaio sobre o desafio atual da psicanálise: estabelecer-se como uma ciência com métodos comprovados e resultados previsíveis, numa época em que a sociedade cobra, cada vez mais, a prática de uma medicina baseada em sólidas evidências científicas...

O acesso a esse material do New York Times requer registro (gratuito) do usuário .


Link
para A Mind is a Terrible Thing to Measure

janeiro 04, 2006

Experiências Fora do Corpo (Out of Body Experiences): Reais ou Imaginárias?

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De cada dez pessoas, uma teve uma experiência fora do corpo (out of body experience) em algum ponto de sua vida. Essa experiência é uma sensação de que o indivíduo deixa os limites do seu próprio corpo e flutua acima dele, podendo observá-lo de um ponto mais alto (próximo ao teto de uma sala, por exemplo). É fácil de entender que há poucos estudos científicos rigorosos sobre esse assunto, mas alguns pesquisadores estão interessados em verificar se a mente é capaz de viajar para fora do corpo.

Em 2003, o Dr. Peter Fenwick, do Instituto de Psiquiatria de Londres, planejou um estudo muito interessante: colocar uma figura perto do teto de 25 salas de emergência em vários hospitais da Inglaterra. Os pacientes que voltassem de experiências de quase-morte (near-death experiences) seriam entrevistados para verificar se eles haviam visto a figura. Infelizmente, até o presente momento não tivemos notícia dos resultados desse estudo, nem sabemos se ele chegou a ser feito.

O interesse nas experiências fora do corpo é a sua evidente relevância para a religião e a espiritualidade. Se a mente for capaz de sair do corpo, então a vida após a morte também seria possível.

As explicações científicas para as out-of-body experiences tendem a ser mais prosaicas. Por exemplo, essas experiências poderiam resultar de altos níveis de estresse psicológico. Esse tipo de experiência também foi induzido por estimulação elétrica do giro angular direito do cérebro.

dezembro 22, 2005

Depressão e Doenças Cardíacas

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A revista Psychosomatic Medicine está disponibilizando gratuitamente, online, um suplemento sobre depressão e doenças cardíacas.

Há evidências de que mesmo a depressão leve aumenta os riscos de doença cardíaca, e a depressão é tres a quatro vezes mais freqüente entre pacientes cardíacos do que na população geral.

Link para o suplemento especial da Psychosomatic Medicine

dezembro 20, 2005

Estimulação Magnética do Cérebro na Depressão

TMSEEGl.gif A revista Veja desta semana traz uma reportagem , na seção "Saúde", sobre o tratamento da depressão com estimulação magnética transcraniana.

Essa forma de tratamento tem se mostrado bastante promissora, com estudos realizados em vários países, inclusive no Brasil, onde vem sendo utilizada em São Paulo e em Brasília.

O estimulador magnético é um equipamento que produz, por indução eletromagnética (Lei de Faraday), pequenas correntes elétricas no cérebro, que podem aumentar ou diminuir a atividade anormalmente baixa ou alta de certas regiões cerebrais, dependendo da freqüência de estimulação ; estimulos abaixo de 1 por segundo diminuem a atividade neuronal e acima de 1 por segundo produzem o efeito inverso. Na depressão, é possível induzir uma melhora reduzindo a atividade do córtex pré-frontal direito ou , pelo contrário, aumentando a atividade do córtex pré-frontal esquerdo.

Atualmente o procedimento só está indicado em casos mais graves, refratários às medicações mais modernas, em doses otimizadas. Quando tudo isso falha, é possível tentar a ECT (eletroconvulsoterapia), popularmente conhecida como "eletrochoque", ou a estimulação magnética transcraniana. A ECT ainda é um procedimento eficiente e muitas vezes indicado, e muitos trabalhos estão agora comparando a sua eficácia, já conhecida, com aquela da estimulação magnética transcraniana.

As principais vantagens da estimulação magnética transcraniana dizem respeito à sua excelente tolerabilidade, já que é totalmente indolor e sem efeitos colaterais importantes, e à facilidade de aplicação, pois é feita a nível ambulatorial, em sessões diárias.

A reportagem da Veja cita o trabalho do prof. Marcolin, da Universidade de São Paulo; o prof. Dr. Raphael Boechat Barros também defendeu, em 2004, sua tese de doutoramento na Universidade de Brasília , sobre o tratamento da depressão com estimulação magnética de baixa freqüência, com bons resultados.

A estimulação magnética transcraniana vem se consolidando, portanto, como mais uma alternativa para o tratamento da depressão refratária à psicoterapia e à terapia farmacológica.


Links:

Tese orientada pelo Prof. Dr. Marco Antônio Marcolin (USP-São Paulo)

Site do Prof. Dr. Raphael Boechat Barros (Centro de Investigações Neurológicas -Brasília)